segunda-feira, 1 de junho de 2009

Nada como ter 'boias' amizades

Não imaginava o quão duradouro poderia ser o tempo de estiagem a que um texto meu poderia ser submetido. A verdade é que somente em meio a duras verdades a vontade de ser verdadeiro verdadeiramente perdura sobre o meu coração. Nós, seres humanos, desde a época em que trocávamos pedras e desenhávamos, cuneiformemente, búfalos sobre cavernas, sujeitamo-nos a diversas emoções, ao longo de todo o mistério que acoberta os meandros de nossas vidas. Pode-se dizer, de fato, que os interesses eram outros mas, por outro lado, em hipótese alguma, negar que é justamente mediante conquistas e decepções que a nossa evolução segue em eterno prosseguimento, sublime, sob a força onipotente do deus Cronos.

Ao longo de nossas trajetórias, abusamos do direito de abusar ao depositar enorme expectativa sobre determinada parte de uma sociedade mais próxima que diariamente convive com os nossos erros e acertos. Precisamos beber para afogar mágoas e decepções, desabafar sobre um ombro amigo acerca da mulher amada, cobrar apoio incondicional prévio à decisões importantes, além de outros suprimentos que venham visar a cura de certos medos pessoais. É justamente diante de momentos importantes como estes, que aparece a figura do amigo, a figura de Edson Boia do Nascimento.

A amizade, que desde os tempos anteriores à relação entre Gilgamesh e Enkido até os dias atuais, manteve-se presente no dia-a-dia dos saudáveis, é uma das mais verdadeiras e inenarráveis sensações de prazer que a vida pode fornecer a um homem. Nada mais justo para um conceito que possui como princípio basilar etimológico, uma das mais nobres pronúncias que um ouvido pode se deliciar a ouvir, o termo amor (amicus - amore). Há quem diga que a palavra amigo, na verdade, originou-se do grego mas o importante, acima disto, é que ela se originou, existe e, claro, ilumina nossas inspirações principalmente no cotidiano de nossas diretrizes decisivas. Este texto é dedicado a uma pessoa que lutou até o fim, quebrou barreiras que a própria medicina julgava como impossíveis, e, ainda diante desta luta dura e cheia de trágicas notícias, jamais deixou de sorrir ou lembrar como é importante amar e ser amado pelos amigos próximos.

Espero te reencontrar no céu algum dia, querido Boia.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Albatrozes do Oriente

Espalhados por toda a parte...
Vítimas de um desnorteado ato culposo...
São como pássaros presos a uma gailosa suja,
Incapazes de exercer a mais bela função que lhes foi dada,
Espalhar sobre o mundo o real conceito de Liberdade...

Sem paz,
Sem terras,
Sem medo de morrer por Alá,
Cem desejos de vingança,
Ao som de Hava Naguila...